De quando a gente se ria, se via, conversava, saia, gargalhava, transava, beijava, mas não sinto falta de quando você teimava, fechava a cara e batia o pé no que queria. Irredutível.
Eu sinto falta de quando eu te via pessoalmente, porque cara a cara você deixava sua máscara de bad boy de lado.
Eu sinto falta de quando você simplesmente queria aproveitar o momento e demonstrava em atitudes o quanto que aquele momento estava sendo bom.
Eu não sinto falta das inúmeras vezes que você respondeu de qualquer jeito pra mim. De quando você me afastou de você como defesa. Do quanto você se acha um nada na vida de outra pessoa e da insistência que você tem de não querer se cuidar.
E tem momentos que fico profundamente triste em saber que nos momentos mais difíceis da minha vida você optou em não estar presente.
Eu sinalizei que as coisas não estavam bem comigo, mas mesmo assim você sumiu. Apareceu tempos, bons tempos, depois.
As escovas de dentes, os copos, as taças de vinho, os objetos não fazem falta alguma, mas a gente faz ou fez, já não sei mais. Porque não posso aceitar o que tínhamos do jeito que era. Não dá para só eu acreditar e apostar.
Mas não tem jeito, quando alguém procura o que pode dar errado para ficar no mesmo ciclo de tristeza ao invés de olhar pra vida com uma perspectiva de "vai dar certo" ou "vou tentar" ninguém consegue mudar, a não ser a própria pessoa.
Eu tentei, mas, às vezes, sinto falta.