27 de out. de 2009

Meio assim...

Ela estava meio sem jeito e meio sem graça
Ele estava com o cabelo meio molhado, meio seco
Ela estava com o cabelo meio preso e meio solto
Ele estava parado olhando em sua direção
À medida que ela se aproximava sentia seu coração acelerar
Disseram um "oi" meio sem jeito e fizeram perguntas meio básicas
Ela tentou conter o nervoso e o rubor em seu rosto!
Ele reparou nela pela primeira vez
Sentiu seu perfume e a elogiou
Ele mal sabia que ela o notara desde o primeiro dia em que o viu, naquela sala de treinamento
Ele nem a viu, mas ela sentiu o mesmo acelerar!
Eles quase não se falam
Quase não se vêem
Quase não se tocam
Mas ela continua meio assim e meio sei lá

25 de out. de 2009

E talvez, nem eu

Veja cada sorriso que está abrindo mão
E cada alma que beijou em vão
Lembre-se de todos que você vai deixar, pois eles vão envelhecer
E quando você voltar, talvez não os encontre
Suas vontades e desejos estarão lá
Para onde você está indo
Mas sua raiz e sua historia estão aqui
Onde você não quer mais ficar
Sua ausência vai ficar
Sua ausência que insiste em ser presente
Ausência que insiste de tempos em tempos bater na minha porta e dizer: voltei
Ela vai ficar

Vai, segue seu caminho, não esqueça de dar uma boa olhada para trás antes de largar tudo, pois na volta não vai achar mais as mesmas coisas.

E talvez, nem eu!

24 de out. de 2009

Do outro lado

As pontes são feitas para levar alguém ou algo a algum lugar!
Esta ponte que eu vejo não me leva a lugar algum!
Ela me mostra apenas sentidos contrários querendo se encontrar e fazendo com que eu decida para onde ir.
Não quero decidir para onde tenho que ir.
Quero ir sem destino ou ordem.
Quero ir apenas porque não posso ficar parada aqui nesta ponte.
Por que ela liga duas coisas tão distintas?
Por que ela une coisas desconexas?
Um lado da ponte não quer chegar ao outro lado...
Mas ela insiste neste caminho.
E eu tenho que decidir!!
É como que alguém que me empurra para me atirar do bung jump eu vou.
Sem pensar, tendo para um lado...
Com a nítida sensação de que fiz a escolha errada!

21 de out. de 2009

Sabe de uma coisa?

Ela sabe o que fazer
Ela sabe a quem dizer
Mas não sabe começar
Ela diz
Replica
Retruca
Mas não começa
Ela sabe o fim
Mas também não termina
Ela escolhe as cores, mas não pinta
Ela cria um mundo em que faz parte
Mas esquece disto
E se exclui
Ela entra, sai, bate as portas e janelas
Mas nunca sabe qual é a saída!

12 de out. de 2009

Este texto é para você

Sim é para você que não conheço
E que pretendo nunca conhecer
Sua vida deve estar bem melhor do que você esperava
Aliás, você não deveria esperar nada
Pois tudo o que você fizer não será o bastante pelo que fez com seu filho
Sim, seu filho que te espera
Ele acredita que um dia você voltará para casa
Ele acredita que um dia a mãe que ele tanto ama e fala vai tirá-lo de todo mal
Mal sabe ele que é justamente ela quem o colocou no mal
É uma pena que existam pessoas como você
Mas é muito bom saber que existam crianças como ele, que ainda tem esperanças!
Seja feliz, dentro das possibilidades, pois alguém como você dificilmente poderá ser 100% feliz...terá sempre uma sombra, a sua própria consciência.

**carta para uma mãe, mãe que diferente da minha e da maioria das mães que eu conheci não respeita o filho que carregou por 9 meses. Conheci seu filho hoje e espero que Deus o proteja por toda a sua vida.

9 de out. de 2009

Marcha lenta

Parecia uma noite comum.
Voltando para casa ela pensava: será que ele ainda pensa em mim?
Ela não o amava, mas sabia que algo ainda fazia com que ela o procurasse.
Seus olhos brilhavam quando se lembrava dele, mas ao mesmo tempo tinha uma tristeza sombria em seu olhar.
Naquele dia ela resolveu não ir para casa.
Passou de carro em frente a casa dele, para ver se ele aparecia na janela ou se o pegava chegando do serviço.
Ninguém apareceu.
O porteiro que anos atrás a reconhecia de longe, chamou o guardinha de rua para questioná-la do porque de sua presença.
Meio sem graça e sem jeito, disse que estava a procura de uma casa para comprar e que tinha gostado muito daquele local, inclusive da segurança de ter uma guarita para as casas, mas que já estava de saída.
Com os olhos menos brilhantes ligou seu carro e vagarosamente começou a fazer o caminho de volta...
Não olhou para trás, não chorou, não se arrependeu, apenas foi!
Foi e nunca mais voltou!

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