30 de abr. de 2010

Amanhã já não sei

Ela não sabia que nome dar
No início ela achava que o nome era tristeza
Porque doía muito e parecia não ter fim
Passado um tempo virou raiva, do outro
Porque ela não achava que a questão era com ela
Depois raiva dela
Porque chegou a conclusão de que ele não tinha nada a ver com isto
Da raiva dos outros e dela, já começou a sentir dó
Dó porque ele não sabia a bobagem que estava fazendo e porque ele ainda se arrependeria
No final, não chegou a conclusão alguma, mas tem uma boa história para contar...

5 de abr. de 2010

Ei você

Sim você mesmo
Você que disse que me amava
Que disse que me queria
Você que olhou para a Lua e disse que fazia você se lembrar de mim
Que cantou uma canção e disse que era minha
Você que disse que a partir daquele momento que nos vimos, os nossos problemas e incertezas estariam acabados
Que garantiu que tudo aquilo era novo para você e que te assustava mas ao mesmo tempo te encorajava
Que disse que sempre sonhou com alguém como eu
E que disse nao saber mais o que fazer, pois tinha encontrado um grande amor
Que pediu pelo meu calor
Que queria meu carinho, minha atenção e nada de não
Ei grande amor de plástico, você que fez eu acreditar em tudo isto
Que chorou de mentira e fez eu sentir de verdade
Que acordou um belo dia e decidiu mudar realidade
Que disse que tudo aquilo era real demais para você
E que era tão bom, tão bom que até te deixava paralisado
Ei você
Que me pegou de surpresa
Indolor, que curaria tudo e tiraria toda a minha dor
Seria meu anjo e protetor
Você, que já não tem nem nome porque te nomear a alguma coisa é te dar valor demais
Você, me deixe em paz

De mim...

Que apaguem os holofotes e fechem as cortinas

As frases repetidas, insistentes não mostram o caminho...
Elas vão caindo no normal, no comum, no dia-a-dia.
Saem com a mesma facilidade que temos ao acordar.
Olhando para trás parece que estamos no mesmo tempo, pois são os mesmos hoje, só muda a personagem!
O ator que é cada vez mais convincente, ensaia com tanta destreza, com tanta certeza que já faz parte do papel.
Não há mais dúvidas, ele representa tanto que tudo isto se transformou em sua própria vida.
Já não sabe mais reconhecer o que é dele e o que não é. Se utiliza das mesmas frases, justificativas, desculpas e lágrimas para pessoas diferentes.
Sorri igual, respira igual, fala igual, beija igual e ama igual.
Sua necessidade de ensaiar este papel tira sua lucidez, seu centro, sua tranquilidade, embora não note. Para ele tudo faz parte de um mesmo contexto.
Seus passos que já caminham conforme o ensaio, não andam mais por si, não se encontram!
E sua platéia quando assiste ao espetáculo pela primeira vez: aplaude, admira, respeita e dá todo o suporte para ele seguir, mas quando o assiste pela segunda vez, não tem mais dúvidas, pois percebem que tudo: ator, personagem e texto fazem parte de uma grande farsa.

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