27 de jun. de 2008

Em outra cidade

Queria te encontrar
Te tocar
E te mostrar
Que a vida é bela
Que o amor existe
E que a dor nunca desiste
Mas temos que lutar contra ela
Queria te dizer
Que tudo o que eu vi nos filmes na tevê
Não são verdade
Fazem parte de um grande faz de conta!
Queria te abraçar bem forte e te dizer mais uma vez
E quantas vezes mais fosse preciso o quanto te amo
Queria mostrar minhas novas conquistas
E aquele sonho que eu tanto lutei para conseguir e que agora aconteceu
Queria contar minhas estripulias
Minhas artes e meus segredos
Pedir sua opinião
Te pegar pela mão e te levar para dar uma volta
Queria encostar a minha cabeça no seu ombro como fazia quando criança
E mexer no seu nariz só para você falar: “para com isto, por favor, você sabe que não gosto que mexam no meu nariz”
Queria te contar isto tudo, mas acho que agora não preciso mais
Sei que está por perto sempre me apoiando e me ajudando
De longe você me olha e me aplaude, mas meus olhos e ouvidos ainda não conseguem te alcançar
Um dia, quem sabe logo
Eu possa te encontrar em meus sonhos
E possamos quem sabe trocar nossas figurinhas
E se tudo isto que eu vivo não for verdade
Volte logo e diga que estava em outra cidade...

2 comentários:

Anônimo disse...

Bom dia, Ke!

Porque será que com algumas relações parentais o amor que sentimos fica sempre com um pé atrás? Amamos, mas não podemos ou queremos revelar isso assim, de bandeja. Um simples carinho recebido ou dado nos desarma e nos faz perder as rédeas da relação. Apesar do amor, grande e profundo, a relação é áspera e a troca das conquistas, dos acertos na vida, do bem querer, fica sempre sub-entendida. O aplauso chega, mas como um filme mudo. O orgulho que sentimos pelo outro que venceu ou está vencendo na vida vira quase uma sentença de morte para o nosso orgulho próprio. Anos atrás, eu acreditava na possibilidade de isso estar relacionado à dívidas de outras encarnações, mas atualmente acredito mais que tudo não passa de caprichos humanos.
E quem vive ou viveu uma situação dessas, em algum momento da vida acaba escrevendo um belo poema sobre o assunto, assim como você o fez com esta blogada.

Bjs,

João Eduardo

:) disse...

Eu acredito que possa ser esta situação número 1 (outras vidas), mas é claro que existem os caprichos desta vida tbm...rs

A minha sorte é que esta pessoa que menciono sempre soube com todas as letras que eu a amo, sempre no presente, mesmo ela nao estando mais aqui...

Bjs

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