25 de fev. de 2008

Nos bastidores do sexo

Há 40, 50 anos atrás ou até mais sexo era assunto proibido, quase que um segredo, deixando de lado o fato que todos nós viemos exatamente deste segredo.
Provavelmente muitos de vocês se lembram das recomendações de suas mães ou avós.
Para os rapazes a primeira vez tinha que acontecer cedo, homem que fosse viril o suficiente teria sua primeira vez com alguma dama da noite ou nos tempos atuais profissional do sexo.
Já as meninas recebiam milhares e milhares de recomendações desde a não usar saia e se usar jamais ficar com as pernas descruzadas deixando a calcinha aparecer até limpar o assento de banheiros para não ficarem grávidas.
Mulher para casar que se prezava eram aquelas que se guardavam para os maridos. Apenas para ele. E a relação sexual servia apenas para a procriação, por mais que todos soubessem que existia muito mais além de uma tentativa por filho.
Depois vieram os anos 60, liberdade, sexo, drogas e rock in roll!! Parecia propaganda de bebida alcoólica: faça com moderação! Todo mundo era livre, com direito de transar com quem quiser sem diferenças entre homens e mulheres, a AIDS ainda não era comentada e a vida seguia.
Ai me perguntam: ué mas as mulheres não pediram direitos iguais?
Sim, direitos iguais e não serem objetos sexuais.
Os tempos passaram, os meninos continuam recebendo orientações semelhantes à de 50 anos atrás e as filhas recebem algumas observações...
Hoje a calcinha é acessório assim como brinco, colar, pulseira, aliás diferente dos acessórios, pois a moda é não usar calcinha e sair em todas as fotos possíveis deixando tudo a mostra.
Nesta modernidade toda o sexo tornou-se o fator fundamental para não dizer exclusivo de um relacionamento.
As pessoas não precisam ter caráter, ser de boa família, ser esforçado, ter estudo, falar algum idioma diferente do nosso, respeitar os pais, ou coisas do gênero, tendo uma boa disposição sexual nem precisa soletrar a palavra problema, passou no teste!
Um cara pode achar a mulher uma porta, não ter assunto, não saber se expressar, mas se ela for gostosa e tiver cara de “só as cachorras” vai ser a escolhida.
A mulher não precisa escolher muito, se o cara tiver um jeito de “Don Juan” (com escassez de homens de qualidade no mercado) é noite de diversão garantida.
O que eu vejo de fato é que tirando o moralismo da jogada hoje em dia a sociedade deve cumprir papéis onde não podem haver fracassos e um deles é ser bom de cama.
Nunca ouvi por ai alguém dizer: eu não sou bom de cama, eu falho na hora H, eu tenho ejaculação precoce, eu não atinjo o orgasmo, eu não relaxo, nem todas às vezes são boas, não to afim, entre uma infinidade de itens.
E ai me pergunto: se ninguém tem grilo ou problema quando o assunto é sexo, por que a mídia impressa e eletrônica, lucram tanto neste tema? Por que existem livros e livros falando sobre inteligência sexual, sobre disfunções sexuais? Por que existem programas de TV´s voltados ao assunto?
O viagra é um sucesso de vendas e não só para os mais velhos, adolescentes e jovens já estão tomando, o que acontece com a população?
Cadê o público-alvo deste produto?
A população se esconde atrás de papeis comportamentais pré-fabricados.
Será que é muito difícil admitir que todos nós temos alguma dificuldade nos bastidores do sexo?
Que ninguém é 100% perfeito e ninguém precisa ser o que de fato não é?
Por que não tratar o assunto com naturalidade?
Posso estar enganada, mas em assunto de sexo os brasileiros só têm a fama, maturidade que é bom?

3 comentários:

Anônimo disse...

Glup! Depois do que, sábiamente, você escreveu, nem me atrevo a contar que sou panssexual, ejaculo precocemente e tenho um bingulim do tamanho de um dedal. (Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...)

Aaa, e agora a mulher tem que saber dar piruêtas em torno de um mastro, senão também num tá servindo. A tal da pole dance.

Bjs,

João Eduardo

||::..JOE..::|| disse...

Falando em sexo, da um pulinho no meu blog
tem mais uma historia veridica, claro, de um amigo conhecido.

Anônimo disse...

Vc tem razão! mas acho que a explicação pra isso está na propria competitividade que as pessoas e a sociedade se impuseram em todos os aspectos...as pessoas têm receio de expressar seus desejos, de mostrar suas fraquezas simplesmente pelo fato de terem medo...medo do que os outros vão pensar se falharem, medo de serem ridicularizados, medo de se sentirem inferiores...mas caramba, pra que isso, porque temos sempre que mostrar que somos melhores, que somos maiores, que somos mais fortes ??? perante Deus, não somos irmãos??? pra que forjar um desempenho, uma falsa alegria, uma emoção trocada, se todos, TODOS, estamos aqui pra evoluir, para amar, para servirmos de semente do deus que já existe dentro de nós?

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